Diversos

“Com quantos paus se faz uma canoa?”

Dra. Woodi
Dra. Woodi Edna Miranda

“Com quantos paus se faz uma canoa?”

“Eu não sei ao certo essa resposta, mas sei que 25 voluntários fazem um grupo, parece engraçada a comparação, mas sabemos que a canoa é uma embarcação que flutua na água e por isso precisa ser sólida, segura e ao mesmo tempo leve. Cada um de nós é responsável pela boa navegação […]”

[…] Nós nos alternamos em papéis, em alguns momentos somos base, em outros estamos à frente, ao lado ou atrás, mas sempre juntos. Nem sempre todos vão aparecer ao mesmo TEMPO. O FOCO precisa ser dividido e compartilhado. Quando um, dois n a verdade, estão navegando, os outros dão: BASE, CORAGEM e APLAUDEM, pois uma andorinha só, não faz verão, já dizia o ditado, mas é sempre necessário ALGUÉM para dar o primeiro passo e eis que aparece a nossa Andorinha REGIANE, ela sonhou e bateu tanto suas asas que empolgou JEFFERSON e depois ROSENIR, outras andorinhas vieram, fizeram sua parte e foram para outros verões. Depois de alguns anos chegou uma andorinha desgarrada, que veio mais por amizade, mas logo ficou e é essa que vos relata, depois de alguns meses chegou uma andorinha empolgada PATRÍCIA, essa só dizia que queria ser palhaça de hospital.

Os cinco ficaram um tempo voando baixo, apenas na quinta-feira, outras andorinhas até se aproximaram, mas não permaneceram. Decidiram que precisavam melhorar, treinar e ter mais andorinhas pra dividir.  Ousaram e um anúncio na internet colocaram, queriam chamar andorinhas de outros verões. Chegaram algumas e destas até hoje permanecem: CLÉO a andorinha que ri e ri mais ainda e FELIPE que de pequeno só tem o nome.

No ano seguinte as andorinhas já sabiam como fazer e divulgaram mais e mais e desta leva, até hoje permanecem 7, por incrível que pareça a maioria veio da educação, acho que as andorinhas estavam precisando se reeducar, ou melhor, se desformatar; até uma advogada, uma carinhosa servidora pública e uma chef, marter-chef. Vamos trazer os nomes pra gente não esquecer: ELVIRA, JÉSSICA, KÁTIA,  LUCIANA, MAIR, ROSELE e SANDRA.

Mas esse bando não parou; No ano seguinte foram 8, estes vieram dar uma sacudida, com muita irreverência, alegria e multiplicidade: engenheiros, fotógrafa, atriz, profissional da saúde, pedagogas e meio ambiente, realmente foi uma salada mista e são eles: ANGELO, ARTHUR, CHAYANNE, CRISTIANE, DENISE, FLÁVIA, LINDAMIR e MIRNA.

Mas ainda faltava a cereja do bolo e eles vieram em menor quantidade, mas não em menos potência – ANDREA, ANDREY e SIMONE e o bando, time, alcatéia estava pronta.

Atuaram juntos por 3 meses, mas um vento forte, algo inesperado, uma epidemia, a pandemia os distanciou.  Para não subtrair tiveram que se separar, se isolaram, se protegeram, cada uma em seu ninho. Umas andorinhas ficaram tristes, cansadas, desanimadas, mas a UNIÃO que faz a FORÇA entre elas permaneceu e então buscaram novas conexões e descobriram uma tela – é a JANELA – Eles se viam, mas não podiam TOCAR. As andorinhas entenderam que as janelas eram portas para o aconchego, risadas, imagens paradas, conexões lentas e até quedas; mas descobriram que se concentrassem, olhando bem para a TELA, transformariam em JANELA e poderiam VOAR e lá nas nuvens do Google drive se encontrar.

JANELA (coloca o dedo em um olho), JANELINHA (no outro olho), PORTA (toca a boca) CAMPAINHA (toca o nariz) – BIBIBI.

Esta pequena história real, fala de seres humanos reais, que permitiram seu coração pulsar, subir pela garganta, quase sair pela boca, mas no NARIZ parar.

Obrigada voluntárias e voluntários vocês fazem o nosso verão e permitem a canoa navegar.

 

Edna Miranda
Palhaça Woodi